Como criar experiências de voz extraordinárias com Alexa?

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Publicado a 7 de fevereiro de 2020


A principal característica do design de experiências, independentemente de ser para voz ou para a tela, é ser um processo cíclico. Por isso é sempre possível melhorá-lo.

O ciclo de feedback infinito conta com duas grandes fases: inspecionar e adaptar. No design de experiências, estamos nesse processo contínuo de inspeção e adaptação baseados no feedback dos usuários. A melhor maneira de validar uma experiência de voz é testá-la com os usuários, inspecionar formalmente essa interação e, com base nos resultados, refinar a experiência até que fique satisfatória. Muito cuidado com o fato de que tudo pode ser melhorado, porque você pode cair na tentação de fazer isso infinitamente e cair no paradoxo que muitos desenvolvedores de software acabam caindo: perfeição x tempo.

Fazer algo e entregar sempre vai ser melhor que ficar em um ciclo infinito sem terminar nada. Talvez você se pergunte: mas e quanto aos usuários? Sim, aquelas pessoas que utilizam a sua Skill e que você quer agradar com uma experiência incrível. O primeiro passo é  investigar tudo o que pode ser feito com a Alexa. 

 

Alexa Skills para iniciantes: Comandos nativos.

A interação com a Alexa começa com comandos de voz. Por exemplo,“ Alexa, me conta uma piada”. A Alexa tem muitos comandos de voz, desde fatos históricos até comandos que podem ativar dispositivos na sua casa inteligente, como “Alexa, Acende a luz pra mim”, “Alexa, toca um rock em português ai”, “Alexa, acende o forno aí” etc. É possível até dizer “Alexa, prepare o meu banho”. Lembrando que só irá funcionar se você tiver uma torneira inteligente. 

Tenho certeza que, com a sua criatividade, você está visualizando uma série de ideias para desenvolver, mas espere um pouco. Esses comandos são nativos e manuseados pela equipe da amazon Alexa. 

Para criar os seus próprios comandos, é preciso construir uma Skill. Uma Skill é um APP de voz que você pode habilitar nos seus dispositivos Echo. Tenho certeza que você está se perguntando: como a Alexa diferencia os comandos que são nativos e os que são de Skill?

A Amazon criou um conjunto de comandos que permitem que você abra a Skill. Por isso você tem de escolher uma palavra de lançamento, que também conhecemos como nome de invocação. 

Por exemplo: você criou uma Skill de jogo e colocou o nome de Trivia do Expert de Software. Sendo assim, eu tenho que usar um comando de voz para que a Alexa reconheça que o que eu quero fazer é abrir a Skill cujo nome é Trivia do Expert de Software. Assim é possível abrir o APP com o comando de voz e interagir com ele. 

 

 

É importante saber que não se abre uma Skill apenas com o comando “Abrir”. Existem outras palavras reservadas que têm exatamente mesma função: Abrir, Começar, Iniciar, Usar. Você pode dizer, por exemplo, “Alexa, abrir poesia urbana” ou “Alexa, iniciar ajudante do papai noel”. 

Comandos como Poesia Urbana, Ajudante do Papai Noel ou Meu Livro Favorito são os nomes de evocação das Skills que eu quis abrir. Sendo assim, existem muitos comandos para fazer isso.

Pense que construímos uma Skill chamada Horóscopos Diários. Outra forma de realizar uma evocação é dizer comandos comandos para perguntar ou pedir:

 

 “Alexa, pergunte ao Horóscopo Diário sobre Gêmeos”

 “Alexa, pede para o Horóscopo Diário que me dê o horóscopo de Touro”

 “Alexa, me mostra o horóscopo de touro usando o Horóscopo Diário”. 

 

O português é tão rico que permite criar frases super complexas usando artigos e preposições.Por isso que o nome de evocação é uma peça chave fundamental para a sua Skill, porque é a forma que os seus usuários vão enviar o comando de voz para abrir o APP.

 

A voz não é uma tela

Se tivéssemos uma máquina do tempo capaz de nos levar a 1980, entenderíamos como o mouse mudou radicalmente nossa interação com computadores. Todo software legal tem um tipo de magia que te surpreende. Aquele também não foi uma exceção.

Eu me lembro de que tinha uma equipe inteira que estava acostumada a enviar comandos através de um console. Agora imaginem: chegamos com uma nova transformação usando um mouse e janelas. Era muito interessante ver como utilizavam o mouse com as duas mãos, usando uma para direcionar e outra para clicar. Pense no desafio de explicar o duplo click, o click direito, ou a roda de rolagem do mouse. Nos dias de hoje não lembramos mais desse atrito. Ao longo dos anos o mouse virou um item mágico que nos permite navegar em uma tela bidimensional.

Algumas décadas depois, chega um nova transformação: celulares com telas sensíveis ao toque. Dispositivos sem botões que te permitem usar os dedos e detectam os rabiscos que você faz na tela.Iisso nos libertou daqueles celular com botões para todos os lados e permitiu que a gente usasse só um click, duplo click, zoom in e zoom out. Tudo isso só usando os dedos. 

De uma vez por todas, surgiu um novo paradigma para a interação com o mundo digital e, outra vez, aquele componente mágico de um software bacana se tornou cotidiano.

 

 

A Amazon acredita que o novo paradigma é a voz. A nova transformação na maneira de interagir com o mundo digital será através da voz. Mas quais são as implicações disso?

Isso afetará a maneira que projetam produtos e serviços. É muito diferente projetar apenas com áudio e turnos. Compare com uma tela bidimensional que permite, ver, ler, e até sentir como eu interajo com o dispositivo. 

Quando você projeta sua experiência de voz, você deve criar um sentimento. Precisa criar uma experiência para que o usuário seja seduzido por um conjunto de sentimentos e sensações que o deixam surpreender com o que a Alexa pode fazer por eles.

 

Rodrigo Oliveira

CRM Elife

 

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