Estamos passando menos tempo no Facebook. O que isso significa?

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Publicado a 8 de março de 2018


O tempo que adultos dos Estados Unidos passaram no Facebook caiu 4% ano a ano em novembro de 2017. É o que mostra o Pivotal Research Analysis of Nielsen data per Business Insider. O que pode ter impactado nesse dado é o fato de Instagram, Messenger e WhatsApp terem ganho mais usuários ano passado e, por consequência, os internautas terem passado mais tempo nessas redes sociais.

Já o tempo gasto por adultos dos EUA nas plataformas da Google em novembro de 2017 atingiu 28,6%, um aumento de 5 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O YouTube é responsável por grande parte desse crescimento, já que o tempo gasto na plataforma de vídeo cresceu quase 30% por mês em 2017, provavelmente como resultado do aumento da audiência do YouTube em TVs.

Surpreendentemente, Mark Zuckerberg vê de forma positiva essa redução do tempo que as pessoas passam no Facebook – uma redução de 50 milhões de horas por dia em todo o mundo. O CEO da rede social atribui esse fato à mudança no algoritmo feita nos últimos três meses, que assegura que os usuários estão “gastando” seu tempo na plataforma com qualidade e não mais apenas assistindo a vídeos virais.

Menos de 50 milhões de horas por dia gastas no Facebook parece muito, mas na realidade isso representa cerca de 2,14 minutos a menos por usuário, como calculado pelo TechCrunch. Por outro lado, houve o menor aumento de usuários ativos por dia em toda a história do Facebook: apenas 2,18% em relação ao trimestre anterior, segundo o TecMundo.

Outra queda também foi registrada pelo Facebook, como mostra o TechCrunch: a região dos EUA e Canadá caiu de 185 milhões de usuários ativos por dia para 184 milhões, a primeira vez em que a empresa reportou uma queda na contagem de usuários – ao todo uma perda de 700 mil internautas por dia. David Wehner, diretor financeiro do Facebook, diz que isso é apenas um declínio único e não uma tendência.

Diante de tudo isso, Zuckerberg não cansa de afirmar que seu objetivo em 2018 é ter certeza de que o Facebook contribui verdadeiramente para o bem-estar das pessoas, estimulando conexões verdadeiras entre usuários, ao invés do puro e simples consumo passivo de conteúdos.

Um dos resultados da mudança no algoritmo do Facebook é que agora os usuários recebem muito mais atualizações de familiares e amigos do que publicações de páginas de empresas, as quais normalmente levam a um consumo simples e passivo.

Aqui você confere um post completo sobre como funciona o novo algoritmo do Facebook e como você pode usá-lo a seu favor.

Além disso, a luta contra as notícias falsa continua. Ano passado a rede social sofreu muito com a propagação de fake news, o que fez com que o Facebook perdesse sua credibilidade em relação ao consumo de notícias na rede social. Aliado a isso também está o combate à disseminação de discursos de ódio, visando ao máximo evitar que isso continue a acontecer.

Menos tempo gasto na rede social pode significar menos impressões de anúncios, mas também representa um engajamento mais profundo com as publicações, justamente o que o CEO do Facebook deseja. Porém, menos tempo gasto na plataforma pode impactar os preços dos anúncios no Facebook, uma vez que a rede social tende a aumentar seus valores para compensar a perda de visualização de anúncios no feed de notícias.

Confira aqui o artigo do CEO do Grupo E.life, Alessandro Lima, respondendo à questão: “Há motivos para uma marca deixar o Facebook?”.

De qualquer forma o Facebook sairá ganhando. Até porque hoje há um grande foco no potencial dos Stories. O Facebook, dono também do Instagram e do WhatsApp, rapidamente implementou a função de Stories em ambas as rede sociais e, posteriormente, no próprio Facebook. No começo do ano, Zuckerberg sugeriu que os dias do feed de notícias podem estar contados, em detrimento do compartilhamento de informações via Stories nas redes sociais.

O importante é que marcas saibam se reinventar a todo o momento para que consigam acompanhar todas as mudanças que o Facebook está propondo. A forma como os internautas consomem conteúdo está mudando, os algoritmos estão se transformando e as empresas devem estar preparadas para isso.

 

Fontes: Business Insider, TechTudo, TechCrunch e TecMundo