Publicado por Camilly Vairo
Publicado a 12 de novembro de 2021
Por Breno Soutto, Head of Insights do Grupo Elife
Com o crescimento da população online e mobile, o e-commerce de quase todos os setores cresceu em 2020. Além disso, houve consolidação do papel das redes sociais e sites de busca nos processos de compra do consumidor brasileiro. É o que nos mostra a versão de 2021 do Global Statshot Report com dados globais sobre o acesso à internet, uso de devices e de redes sociais no ano de 2020 lançado pela We are Social.
Uso de internet por país com destaque para o Brasil:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Internet é forma de consumo de mídia mais intensamente usada no país:
Uso de internet por país com destaque para o Brasil:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Uso de internet móvel por país com destaque para o Brasil:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Também vale destacar a fonte do tráfego mobile no país, que é majoritariamente de usuários Android:
Fonte de tráfego mobile por sistema operacional:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
O estudo também mostra que o celular se consolidou como a central não só de comunicação e redes sociais, como também de entretenimento, compras e serviços no Brasil:
Aplicações mobile por categoria:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Quando abrimos a categorização acima em apps de uso geral e jogos, percebemos a importância do WhatsApp e do Facebook no dia a dia do brasileiro:
Principais apps e jogos em uso no Brasil:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Sobre o uso mobile intenso, a velocidade de conexão no país fica bastante aquém da média mundial, ainda que com um aumento de velocidade de 18% em relação ao ano anterior:
Velocidade média de conexão mobile em Mbps com destaque para o Brasil:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Estar abaixo da média é algo que se repete nas conexões fixas, que têm uma velocidade média de 78,1 Mbps. Aumento de 60,2% em relação ao ano anterior:
Velocidade média de conexão fixa em Mbps com destaque para o Brasil:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
De acordo com Semrush, Similar web e Alexa, o Google foi o site mais acessado do país, tanto no número total de visitas como no de visitantes únicos.
Ranking de visitas em Dezembro de 2020 segundo o Semrush:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
A posição de primeiro do Google se mantém também nos índices da Similarweb e Alexa, além de ter sido o site que mais teve referências em redes sociais. No último índice, o buscador foi seguido por globo.com, uol.com e Facebook.
A plataforma de busca foi utilizada para buscas por meteorologia e ferramentas de tradução além de buscas por redes sociais, portais de notícias e comunicadores instantâneos:
Principais buscas no Google em 2020:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Embora haja grande adoção do Google, buscadores não são a única forma de o brasileiro encontrar o que deseja online e outras formas de busca são bastante adotadas:
Além disso, formas distintas de buscas são usadas além do texto:
O consumo de diversos tipos de conteúdo dependem cada vez mais da presença digital, desde para o já consolidado audiovisual ou serviços de streaming de música online como para formatos mais novos, como os podcasts. Nesta diversificação de conteúdos, o brasileiro fica bem próximo à média mundial.
Conteúdos consumidos online:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
De todos os países estudados, o Brasil é o que mais se preocupa com a veracidade e confiança das notícias recebidas com 84% dos consultados se dizendo preocupados com o tema contra 56,4% da média mundial:
Preocupação com desinformação e fake news:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Além disso, o brasileiro é o terceiro povo mais preocupado com mau uso de suas informações pessoais, sendo que 50,7% dos consultados consideram a questão um problema, quando a média mundial é de 33,1%.
Praticamente todo internauta brasileiro usa redes sociais:
Dos internautas brasileiros, 99,9% relataram usar redes sociais, sendo que o tempo médio de uso é de 3 horas e 42 minutos por dia e 59% dessas pessoas usam as redes sociais para trabalho em algum nível.
Os destaques de uso das redes vão para Youtube, WhatsApp, Facebook e Instagram, todos com adoção superior a 80% da população online:
Redes sociais mais utilizadas no Brasil:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Das pessoas estudadas, 17,5% realizaram alguma transação online, sendo que este número é maior para homens (21%) do que para mulheres (14,5%). Deste total:
Os mercados com maior movimentação financeira online foram música (US$ 448,6 bi); viagens, transporte e acomodações (US$ 15,97 bi) e eletrônicos e mídias físicas (US$ 5,66 bi).
Gasto em e-commerce por categoria:
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Interessante destacar que todos os segmentos, exceto o relacionado a turismo, tiveram crescimento considerável em 2020 com relação a 2019. Consequência clara do lockdown.
As principais buscas realizadas no Google Shopping no período estiveram ligadas a celulares, roupas e eletrodomésticos e alguns varejos também se destacam na plataforma, como Mercado Livre, Madeira Madeira, Americanas e Magazine Luiza.
Top buscas no Google Shopping
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
O relato de descoberta de novas marcas por meios online supera aqueles offline e redes sociais e televisão estão praticamente empatados.
Top buscas no Google Shopping
Fonte: Digital 2021 Global Overview Report
Ainda assim, as redes sociais são a forma mais adotada para se pesquisar sobre produtos e serviços, com 61,6% dos consultados indicando esta forma, sendo que mecanismos de busca ficam em segundo lugar, com 59,7%.
O brasileiro é um dos perfis mais conectados do mundo e a pandemia intensificou este aspecto. O reflexo disso pode ser visto no consumo de mídia e de produtos e serviços, principalmente em compras online e no processo de descoberta de novos produtos e serviços.
Manter uma presença online estrategicamente planejada e de qualidade mais uma vez se mostra mandatório para quem quiser sobreviver neste novo contexto de uma população cada vez mais acostumada ao consumo online.