Publicado por Natália Constantino
Publicado a 3 de agosto de 2017
Uns 25 atrás, naqueles bons tempos de estudante, encontrei o livro “Eu, Robot” de Isaac Asimov. Era meu primeiro ano na Universidade e eu procurava um tema para a minha iniciação científica. Após a leitura de Asimov e seus psicólogos de robôs não tive dúvidas, fui em busca de um orientador na área de Inteligência Artificial e desde então não mais a perdi de vista. Passado este tempo todo, eis que chegamos ao ponto de ebulição do tema: computação inteligente é notícia nos mais variados meios e foco principal das maiores empresas de software do mundo.
Se pararmos para analisar mais profundamente, porém, nos filmes, nos livros e em todo o nosso caldo cultural do século XX e XXI, artistas e cientistas vem preparando a humanidade para este momento. O sonho das máquinas oniscientes já existe desde o tempo dos gregos, lembram do oráculo? E diz-se que a realidade imita a ficção, aqui parece ser mesmo o caso.
O que vimos até agora deste admirável mundo novo é uma mistura de muitas promessas, algumas, admito, mirabolantes, mas também de muitos produtos já no mercado que vão nos indicando que uma mudança radical nas máquinas está de fato em curso. Falar com telemóveis, computadores e Home Assistants lançados ano passado nos EUA, Reino Unido e Alemanha já não é coisa para loucos: qualquer um hoje pode tentar dizer um “ok, google”, Siri ou Alexa e iniciar um diálogo básico com estes dispositivos inteligentes.
O mais importante é que as pessoas parecem gostar da ideia de poder, ao cozinhar, dirigir ou fazer Yoga, também comandar música, TV ou iluminação da casa, para citar alguns exemplos. As grandes empresas de software como Amazon, Google e Apple estão de olho na criação de novas plataformas ainda mais onipresentes / onipotentes / oniscientes, do que os telemóveis, e parece que os home assistants podem ser esta nova bala de prata.
O mundo dos negócios em particular deve ficar muito atento a este movimento porque sempre que se criam novas plataformas digitais, uma série de violentos abalos sísmicos as acompanha e de repente a Amazon engole o Whole Foods num belo dia de verão em Seattle ou a Netflix vira a maior empresa de mídia do mundo para o horror dos burocratas do festival de Cannes. Se a aposta nos home assistants der certo, logo consumidores do mundo inteiro vão pedir Pizza, Uber, Shampoo ou ouvir rádio enquanto tomam uma ducha. Assim como no caso da chegada do e-commerce, todas as indústrias precisam estar preparadas para estabelecer presenças e interfaces nestas plataformas.
Inúmeros outros exemplos existem e estão fartamente documentados nos meios de comunicação: diagnósticos médicos automáticos, reconhecimento de cenas em imagens (e logos de marcas como já fazemos para nossos clientes), carros autônomos, entre outros. A lista é longa e é impossível prever corretamente os impactos que terão na sociedade. Entretanto, ao contratar uma boa empresa global de consultoria no tema, é perfeitamente factível acompanhar as novidades e assim adaptar-se às mudanças que chegarão ao mercado cada vez mais rápido.
Jairson Vitorino
CTO E.life